Com experiência no âmbito hospitalar, atuou em equipe multidisciplinar no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ), realizando atendimentos individuais nos serviços: Enfermaria, Unidade de Terapia Intensiva de Pediatria (UTIP) e Ambulatório de Pediatria Geral; Enfermaria de Adolescentes (NESA); Ambulatório de Pediatria específico de Síndrome de Down; Ambulatório e Enfermaria de Psiquiatria; Plantão Geral e Urgências Subjetivas (inclui todas as enfermarias do hospital e CTI adulto); Enfermaria, UTIP e CTI adulto (COVID-19); Projeto Psi-Covid (videochamadas); Acompanhamento de notícias difíceis. Com experiência na área da assistência social, desenvolve ações essencialmente dirigidas ao atendimento de crianças e adolescentes em situação de violência física, psicológica, negligência, abandono e violência sexual no âmbito familiar. Para tanto, são realizados Estudos Interdisciplinares na perspectiva da Escuta especilalizada das crianças e adolescentes assistidas pelo Projeto, bem como de suas famílias; são escutados também os alegados autores. Há também realização de são realizada visita domiciliar e institucional; elaboração de relatórios visando Estudo Interdisciplinar na perspectiva da Escuta Especializada das famílias atendidas; encaminhamento de crianças e adolescentes para os serviços de que necessitem na área da Saúde, da Educação e Psicoterapia; grupo de supervisão dos casos atendidos. 

Com início de sua atuação enquanto residente de psicologia no Ambulatório específico de síndrome de Down (AmbDown), desenvolveu sua pesquisa de mestrado em Psicanálise (PGPSA/UERJ) a partir da interface entre a psicanálise e a medicina, discutindo o lugar que a criança com síndrome de Down (sD) ocupa no discurso médico, considerando a escuta psicanalítica como outra possibilidade de operar a partir do Discurso do  Analista. Foi realizado um breve percurso histórico sobre a sD para discutir a mudança discursiva acerca da síndrome ao longo dos anos. Foi levado em consideração o discurso prévio que, advindo historicamente das práticas médico-pedogógicas no cuidado à criança com sD, incide diretamente na sua constituição subjetiva, cristalizando-a  no lugar de incapaz. Posteriormente, avançou-se em direção aos movimentos sociais de inclusão, especificamente nas escolas, apontando para os desafios ainda existentes. A partir das considerações de Freud, Lacan e comentadores em articulação com a prática clínica, foi explorada a constituição do sujeito em psicanálise, de modo a trabalhar a angústia sentida pela criança e sua relação com o Outro primordial. Também foi abordado o tensionamento produzido pela interface entre psicanálise e medicina, que desvela o modo como as subjetividades, muitas vezes, são silenciadas pelo discurso médico no cotidiano de trabalho no  hospital. Com a apresentação da Teoria dos Discursos postulada por Lacan, foi disicutida a atuação do analista no hospital, em sua posição ética, no esforço de fazer valer a escuta do sujeito em sua singularidade. Por fim, a partir de vinhetas clínicas, pôde-se constatar a viabilidade da sustentação do Discurso do Analista no hospital, embora isso não venha sem dificuldades.